quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fim

Chegou a hora... Como assim? Confesso que, mesmo tendo feito contagem regressiva pra voltar, agora que finalmente chegou o momento de ir embora eu não consigo não sentir algo esquisito... Sei lá, parece que o Brasil, a minha casa, a escola e tudo mais são realidades tão distantes pra mim... Tomara que isso seja um bom sinal, de que eu consegui "mergulhar" mesmo nessa experiência (embora eu quisesse ter me desapegado mais das coisas, só que foi muito difícil).

Estava muito ansiosa para escrever esse post, sempre me pegava refletindo sobre algo e pensando "Isso eu tenho que colocar no texto!", "Não posso esquecer de falar isso!". Mas acontece que, agora que eu estou escrevendo, quase todas as minhas ideias, que já estavam prontas, parecem ter desaparecido e eu fico aqui na missão de pensar tudo de novo e transmitir o meu pensamento por meio de palavras. De um certo lado isso é até bom, porque um dos motivos pelos quais eu estava ansiosa pra escrever isso era justamente refletir sobre o meu intercâmbio, tudo o que eu vivi, o que eu senti, quais foram as minhas impressões...

Pois bem, vamos lá. Quando eu declarei que iria fazer intercâmbio, fui avisada várias vezes para não idealizar nada, não criar muitas expectativas porque tudo que iria acontecer seria diferente delas. Eu tentei, juro que tentei, mas entendam o meu lado: comecei a preparar a viagem com mais de 6 meses de antecedência - isso sem contar no tempo todo que eu tive pra pensar se iria ou não viajar. Esse é um tempo muito longo, e é impossível não se pegar imaginando "Como será que vai ser?", "Ah, eu queria tanto que acontecesse isso...". Então eu criei sim expectativas, e muitas vezes quebrei a cara. Calma, vou explicar.

Não tenho nada a reclamar do meu primeiro mês aqui. Passar um mês em Paris, um lugar que eu sempre tive vontade de conhecer, e poder ir aonde eu quisesse na cidade, foi uma sensação muito boa. Me senti livre, independente, capaz de decidir o que eu queria fazer e quando eu queria fazer e não ter que pedir pra ninguém me levar ou buscar. Essa sensação de liberdade foi uma das melhores coisas desse período.
Bom também foi poder conhecer pessoas de vários lugares... México, República Tcheca, Itália, Estados Unidos, Equador, Japão, Alemanha, África do Sul e, é claro, conterrâneos (na verdade, conterrâneAs) do Brasil. Dizer que fiquei amiga de todo mundo seria mentira e exagero, mas uma coisa que eu posso afirmar com certeza é que as pessoas com as quais eu mais me identifiquei e mais criei laços de amizade foram, em sua maioria, as que eu conheci nesse mês. Por isso eu gostei tanto dele e foi bem difícil ir embora, porque eu sabia que dali pra frente as coisas seriam mais complicadas.

Em Paris, todas as pessoas com quem eu convivi eram estrangeiras, todas tinham culturas diferentes e falavam línguas diferentes. Mas numa cidade pequena não, a diferente era eu, somente eu, e eu é que tinha que me adaptar a tudo, porque, afinal, para todas as pessoas que estavam ao meu redor, tudo era extremamente normal e familiar.

No início, busquei ser sempre positiva, pensando "Vai melhorar, eu vou fazer amizades, esse é só o começo". O tempo foi passando e eu fui perdendo um pouco a paciência. Talvez eu tenha errado aí, talvez eu deveria ter sido mais cara de pau, mais "intrometida" mesmo, mas como eu sempre tinha a impressão de que eu não fazia parte do grupo, que não estava 100% incluída, preferia evitar o incômodo que, provavelmente eu nem causava, mas sentia que sim.

Vou dar uma pausa aqui pra esclarecer uma coisa. Do jeito que eu estou falando, parece que eu estou "vilanizando", falando que todo mundo que eu conheci era chato e não queria a minha presença. Isso não é verdade. Com o tempo, aprendi que os franceses não são antipáticos (pelo contrário, as pessoas eram gentis e educadas), e sim, contidos. Mas sabe o que eu disse lá em cima sobre criar expectativas? Pois é. Eu achava que, por ser estrangeira, ainda mais num lugar pequeno, ia ser o centro das atenções, que todos iriam se interessar por mim e fazer perguntas sobre o meu país, a minha cultura... Só que eu tinha esquecido que é assim que as coisas funcionam no Brasil, e não na França. Aqui eles são mais na deles e, embora tenha sido difícil, eu aprendi a aceitar isso.

Embora tenha me dado bem com o pessoal da sala (especialmente no final) e conhecido algumas pessoas bem legais (essas, sim, que pareciam um pouco mais interessadas em mim), não fiz nenhuma grande amizade ao ponto de ter companhia pra sair nos fins de semana ou após as aulas. Assim, passei grande parte do meu tempo sozinha, e isso serviu pra que eu pensasse muito, refletisse sobre as minhas atitudes, questionasse a mim mesma. Acredito que dessa maneira passei a me conhecer mais e, de certa forma, crescido um pouco.
Antes de vir, fui a uma palestra organizada pela agência de intercâmbio na qual o palestrante, um psicólogo, disse algo do tipo: "Quando você pensar que estar sozinho, lembre-se de que não é verdade. Você sempre vai ter a companhia mais agradável de todas: você mesmo.". Me lembrei disso várias vezes e comecei a fazer uma coisa que a minha mãe ama, "brincar de Pollyanna", isso é: tentar ver o lado bom das coisas. Fiz isso algumas vezes e algumas coisas parecem ter ficado um pouco mais leves pra mim.

Arrependo-me de em dois pontos essenciais: não ter insistido muito para mudar para uma turma com alunos mais velhos (já que na minha turma eles tinham 14/15 anos - e sim, um ou dois anos mudam MUITO, ainda mais aqui que as pessoas não são tão "pra frente") e de ter enrolado tanto pra decidir fazer alguma atividade física, porque, quando eu finalmente decidi, não deu mais (esse arrependimento se deve tanto ao fato de eu ter ganhado peso quanto ao fato de eu ter perdido a oportunidade de conhecer mais gente).
No entanto, não me arrependo em nenhum instante de ter feito intercâmbio. Questionei, sim, a escolha de vir pra França. Às vezes penso que se eu pudesse escolher de novo, teria escolhido outro país, mas aí aparece a voz da Pollyanna na minha consciência dizendo que, se eu estivesse escolhido outro país, não teria ido nos lugares lindos que fui, não teria conhecido algumas das pessoas fantásticas que conheci e não teria aprendido esse idioma tão lindo que eu espero ter a chance de utilizar em outras ocasiões.
Então, quando eu chegar no Brasil amanhã a noite, espero que as minhas lembranças mais vívidas sejam as dos momentos bons, como por exemplo: a sensação boa de não ter que preocupar com estudos e provas; como eu ficava feliz por coisas simples tipo quando alguém puxava assunto comigo ou me fazia um elogio (seja sobre meu progresso com a língua, seja sobre a minha aparência, seja sobre a minha "coragem" de fazer o que eu estava fazendo, não importa...); todas às vezes que eu via alguém querido, etc... Mas não, também não quero esquecer 100% das vezes nas quais me senti sozinha, triste, desorientada, porque eu prefiro pensar que esses momentos serviram pra alguma coisa - me fazer amadurecer, por exemplo.



Saio daqui feliz comigo mesma de não ter considerado desistir nenhuma vezinha sequer. Saio daqui feliz por ter conhecido (embora em número menor do que eu queria) pessoas muito legais. Saio daqui feliz, por que não, por ter comprado coisas que eu não poderia ter comprado no Brasil. Saio daqui feliz por ter conhecido três países que eu não conhecia antes. Saio daqui feliz por ter tido uma boa host family que sempre buscou me ajudar. E, acima de tudo, saio daqui feliz e orgulhosa comigo mesma por ter vivido tudo que eu vivi, por ter tido coragem e por ter chegado até aqui basicamente sozinha.

Estou muito contente de voltar pra casa, porque a saudade não mata não, mais dói muito!! Não consigo imaginar o que vou sentir quando eu ver todo mundo, sério, acho que o coração não vai aguentar de tanta emoção!
Outra coisa também que eu tenho que falar é que esse intercâmbio serviu pra reafirmar o quanto eu amo o meu país. Nunca tive nenhuma dúvida quanto à isso, mas agora eu tenho ainda mais certeza de que nasci no lugar certo. Sim, tem muuuuita coisa errada no Brasil (e algumas dessas coisas ficam ainda mais evidentes quando se está na Europa), mas eu não trocaria esse país por nada não, viu?

Chego aqui ao fim do post. Obrigada, obrigada, obrigada a todos vocês que acompanharam esse blog, comentando ou não. Obrigada a todo mundo que sempre me apoiou, vocês me ajudaram muito aqui!!!
Como esse post não teve nenhum relato, vou ser objetiva e dizer que estou em Paris desde ontem e, amanhã de manhã pego um avião pra Lisboa e depois outro pra BH, onde chego às 21h40.

Mal posso esperar pra ver vocês!
Beijos, beijos, beijos!
Lorena


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Atualizando

Oi!! Aqui estou novamente, depois de muito tempo sem escrever. Pra ser sincera, eu nem sei a razão dessa pausa enorme, but here we go! Como eu não falei nada do mês de janeiro nem agora de fevereiro, eu vou contar apenas algumas das coisas que aconteceram (as que eu lembro) e pra muitas delas eu não vou saber a data, afinal de contas a minha memória é boa mas não tanto!
Acho que a coisa mais importante que aconteceu foi que eu finalmente conheci a neve!! Isso foi no final de janeiro, eu acredito. Numa quarta-feira eu fui pra escola e tinham previsto neve. Quando eu cheguei não tinha nada, aí eu fui pro vestiário de Educação Física (que era a minha primeira aula) e umas meninas que chegaram depois de mim disseram que estava nevando. Saí do vestiário pra ver, só que achei que só estava chovendo. Aí uma menina se ofereceu pra voltar comigo e ela me mostrou que realmente estava nevando, mas tava tão fraquinho que a impressão era de chuva mesmo. Depois que eu saí da aula de EF ainda estava nevando um pouquinho, mas é uma pena que a aula dura 2 horas, porque me disseram que estavam caindo flocos de neve mesmo. Como estávamos em um lugar fechado, não deu pra ver =(
Mas o mais legal mesmo foi sexta. Na quinta já tinham avisado que ia nevar e os ônibus não iam passar. Então eu só iria pra escola se a Virginie fosse me levar e ela disso que isso ia depender da rua estar escorregadia ou não. Claro que eu fui dormir torcendo pra que ela não pudesse me levar! Na sexta eu levantei na hora normal só pra saber se eu ia ou não, e ela falou que eu poderia voltar a dormir porque ela não ia dirigir! Todas comemora o/
Acordei tarde e a neve já tinha parado de cair, mas tava tudo branquinho lá fora. Saímos pra dar uma volta e eu achei tudo muito lindo! Uma pena que não tinha muita neve e ela estava meio dura, então não deu pra fazer anjinho e nem construir bonecos de neve :( Fica pra próxima!






Tirando a neve eu não lembro muitas coisas do mês de janeiro, mas sei que ele passou muito rápido! Lembro que no sábado depois dessa sexta que nevou eu ia pra Rennes encontrar uma amiga, mas pra isso precisava de pegar um ônibus e dois trens. Como o ônibus não passou, não deu pra eu ir :(
No primeiro fim de semana de fevereiro, se eu não me engano, fui pra Niort encontrar a Mariah. Sempre bom ver uma amiga, né? Chegamos na casa dela, comemos e depois fomos encontrar com o Rafael, que é outro brasileiro que também está lá. Nós três fomos a um supermercado e depois paramos num lugar super bonitinho pra comer e conversar. Depois fomos a um café tomar chocolate quente e comer crèpe e em seguida ficamos andando pela cidade. Vimos até um cara que tinha uma doninha (?) como animal de estimação... Bizarro.Mais tarde eu e a Mariah voltamos pra casa dela, eu dormi lá e no dia seguinte ficamos em casa mesmo e depois eu fui embora.

Infelizmente não tenho fotos da gente, só algumas da paisagem do lugar "super bonitinho" que eu falei:




No fim de semana procedente eu não fiz nada, e nesse último agora estava combinado de eu e a Mariah irmos para a casa da Isabela em Nantes. Sexta depois da aula eu nem passei em casa e peguei direto um ônibus pra La Rochelle, onde eu cheguei por volta das 19h. O horário do meu trem para Nantes era 19:16, mas quando eu cheguei já tinha um aviso que estava previsto um atraso de uma hora. Depois mudou pra uma hora e meia e, passada essa uma hora e meia, eu entrei no trem e fiquei esperando. Passou meia hora sem ninguém ter dado nenhuma informação, até que finalmente avisaram que íamos ter que esperar mais uma hora. O que tinha acontecido foi que um trem tinha estragado e bloqueado os trilhos, e, depois de consertado, esse mesmo trem bateu com um carro, o que fez com que as coisas se atrasassem mais ainda.
Isso tudo foi muito estressante, porque, pra começar, eu não tinha o telefone da Isabela nem da Mariah e tive que ligar pra minha mãe pra pedir pra ela avisar as meninas pelo Facebook. Ficamos um tempo nos comunicando assim: minha mãe falando com elas e me ligando pra contar o que elas tinham dito. Depois que eu já tinha entrado no trem e já estava esperando por um bom tempo tive que ficar falando no telefone com 3 pessoas: minha mãe, que me mantinha calma e me dava conselhos; a Virginie que estava preocupada e queria saber se ia ter que me buscar; e a Isabela que precisava ser informada do que estava acontecendo. Quando eu estava desistindo, prestes a sair do trem, anunciaram finalmente que iríamos partir.
Cheguei lá 00:30 (sendo que era pra ter sido 21:10) e nem deu tempo de fazer nada, só comi, conversamos e fomos dormir.
Acordamos tarde, nos arrumamos e fomos a um shopping. Era um shopping grande, com muitas lojas e acho que foi a primeira vez que eu fui a um lugar assim aqui na França. Almoçamos num restaurante italiano, comemos uma sobremesa muito boa (e cara!) na Häagen-Dazs e fomos olhar as lojas. Compras feitas, compramos suco de laranja natural (raríssimo aqui!) num stand do shopping.

Feito isso, voltamos pra casa e já sabíamos que teríamos que fazer o jantar, porque a host mom da Isabela tinha pedido. As meninas tinham pensado em fazer torta de frango, mas concluímos que isso seria complicado demais e acabamos decidindo fazer strogonoff. O frango que tinha lá estava inteiro, então tivemos que cortar o seu peito e tals, o que acabou nos rendendo pouca carne, mas enfim. O strogonoff até ficou bom, apesar de não ter ficado igual ao brasileiro. O problema foi o arroz, que queimou e ficou duríssimo. Mas de qualquer forma conseguimos comer mesmo assim e a mãe dela até elogiou :P

Eu cozinheira :P




No domingo acordamos tão tarde e enrolamos tanto que acabamos não fazendo nada. Fomos andando debaixo de chuva (eu com umas botas excelentes e que protegiam demais o pé da água, só que não) até um supermercado, mas ele estava fechado. Passamos, então, numa padaria e depois deu a hora de eu ir embora. Felizmente, ao contrário da de ida, a viagem de volta foi bem tranquila.



Ontem eu não fui na aula porque saí com a família. Fomos a La Rochelle e visitamos o aquário, que eu achei bem bonito e legal.






Tirando isso, outras coisas que eu fiz e não contei foram: ir à piscina, ir ao cinema mais uma vez com a escola, andar quase uma hora debaixo de chuva só pra ir a um tal de "Carrefour des Métiers" (que servia pra dar orientação de faculdade e tals - ou seja, totalmente inútil pra mim) com a escola, andar mais uma hora pra voltar e dissecar um coração de peru :P
Enfim, é isso, desculpem-me se o texto tiver ficado muito grande...
Está quase na hora de ir embora, não estou aguentando de saudades!! Vou pra Paris na quarta e fico lá até sexta, quando pego o vôo pra ir pra casa... Ansiedade matando!!
Vejo vocês em breve!!

Beijos,
Lorena

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Férias - parte 3

Oi gente, tudo bem?
Esse post vai ser o último sobre as férias, vou contar sobre a ida à Bruges e a volta à França.
Bom, terminei o outro post falando que ia pegar o trem e ir pra outro lugar. Pois bem, pegamos o trem até Bruxelas, na Bélgica, e foi muito tranquilo e confortável também.
Chegamos na estação de Bruxelas e ficamos meio perdidos, sem saber muito o que fazer, pra onde ir... Aí encontramos o lugar que vendia passagens pra outras cidades na Bélgica e compramos as passagens para Bruges. O nosso azar é que o trem ficava no andar de cima e pra ir até lá tinha que subir de escada, mas a escada rolante que subia até a via que nós precisávamos pegar não estava funcionando :( Hahaha, mas enfim né... Ficamos esperando um pouco lá e entramos no trem, que não era muito espaçoso e não tinha muito lugar pra colocar malas, o que foi um pouco complicado visto que estávamos com umas 3 malas grandes.
De qualquer forma nós demos um jeito e depois de um pouco mais de uma hora chegamos em Bruges. Minha primeira preocupação foi com a língua, já que lá se fala holandês... Felizmente parece que, como é uma cidade turística, todos falam inglês (e francês também, eu acho, já que é uma das 3 línguas oficiais da Bélgica).
Pegamos o táxi e fomos pro hotel, que é super lindinho! Ele faz parte de uma categoria de hotéis chamada "Pequenos Hoteis de Luxo" e honra bem o título, porque é bem chiquezinho mesmo. Tem uma decoração linda, uns lustres super bonitos e tal. Algumas personalidades já ficaram hospedadas lá, aí tem uma parte que tem as fotos dessas pessoas e o autógrafo delas. (Tem até o Ralph Phienes - Voldemort de Harry Potter)





Se eu não me engano nós, não muito depois de chegar, já fomos procurar um restaurante pra comer. O moço da recepção recomendou um que tinha churrasco, mas ele estava fechado e acabamos comendo em um de massas mesmo. Pra chegar até o restaurante passamos por uma praça que tinha várias barraquinhas e uma pista de patinação no gelo, mas já estava fechado. Resolvemos voltar no dia seguinte. Ficamos passeando e vendo várias vitrines, uma pena que todas estavam fechadas (estranho, porque nem era muito tarde ainda...)

De volta pro hotel, eu e meu irmão fomos nadar na piscina, que era uma delícia. E eles oferecem até um roupão com um chinelinho, muito legal! Hahaha :P

Por favor não me julguem, eu pus essa foto de brincadeira :P

No dia seguinte, após o café, saímos e fomos andar de charrete, que é uma coisa bem comum pros turistas lá. A charrete era na tal pracinha, e a gente aproveitou pra ver o negócio da patinação, só que adivinhem??? O dia anterior tinha sido o último!!! Que ódio que deu :(
Pois bem, voltando ao passeio de charrete. Tinha uma fila e ficamos esperando uns 20 minutos, e acabou que deu a maior sorte, já vou explicar porquê. Assim que subimos, o "condutor" (gente, como chama condutor de charrete???? Deu um branco!!!) logo perguntou "Holandês? Inglês? Francês?" e, após pensar por alguns segundos, respondi inglês. Ele perguntou de onde a gente era e, assim que respondi "Brasil" ele começou a falar português super bem. No princípio, pensei que era só uma frase decorada e tals, mas ele foi nos conduzindo e falando em um português de Portugal perfeito, até demorou um pouco pra cair a ficha. Acabou que o cara se chama Manuel e era mesmo português. Detalhe: segundo ele, é o único "condutor" que fala português. Que sorte, né?



O passeio foi ótimo, deu pra ver uns lugares super bonitos. Não vou ficar entrando muito em detalhes do que a gente fez nesse dia porque como foi o único inteiro que nós passamos em Bruges, ficamos fora o dia inteiro e andamos muito. Em síntese, fomos em várias lojas, algumas de doces, outras de roupas, de presentes e até uma de cerveja... Entramos num bar para os meus pais provarem uma cerveja lá, comemos num restaurante de fast food, tiramos várias fotos, encontramos mais brasileiros...



Não sei se deveria estar postando isso aqui, mas só pra mostrar como era inusitada a vitrine dessa loja de doces :P

Decoração super fofa do bar que nós fomos!

Depois de um looooongo passeio nós voltamos ao hotel e fomos à tal churrascaria. Era uma churrascaria argentina, então tinha carne de verdade mesmo, foi muito bom! Hahaha :P
Mais tarde eu e o Marcos fomos nadar de novo e depois fomos dormir.
No dia seguinte ainda demos mais uma passeadinha, fomos à uma igreja e tiramos algumas outras fotos. Depois fomos à estação e compramos os tickets. Voltamos pra Bruxelas e, depois, pra Paris. Dessa vez foi mais complicado o trem porque não tinha muito lugar pras malas, mas acabou dando certo.

De volta em Paris, tivemos que enfrentar o metrô. Já mencionei que é muito difícil andar de metrô com malas? É muito difícil andar de metrô com malas. Sofro por antecedência só de pensar no que eu vou fazer quando estiver voltando, mas enfim...
De alguma forma, conseguimos chegar novamente ao apartamento, mas não antes de eu deixar uma mala rolar escada abaixo no metrô (sério. Melhor nem comentar). No resto do dia não fizemos nada não, só fomos comer e depois descansamos.
No dia seguinte, que era um sábado, dormimos até tarde e só depois resolvemos sair. Fomos novamente à Champs-Elysées, mas dessa vez pra patinar no gelo, porque tinha uma pista lá perto. Foi muito legal! Fomos também num trem que eu nem sei explicar direito, que fazia um jogo de luzes e tal... Era bem diferente... Vimos mais algumas lojas e depois fomos jantar. Fim do dia =)



Olha o que tinha lá... Uma pena que não fomos =(



No domingo nós levantamos mais cedo porque fomos na Disney!!!!! Nem tenho muito o que falar desse dia porque é aquela coisa né, não lembro muito bem de quais brinquedos nós fomos e em qual ordem... Mas eu amei voltar lá porque pude ver mais algumas coisas que não tinha visto! Fora que era o último dia de Natal lá, então ainda tinha a decoração super fofinha e os desfiles. Foi o máximo quando eles acenderam a árvore de Natal, achei a coisa mais linda <3 Ficamos lá até de noite e eu aproveitei muuito!!



Dessa vez eu conheci o Mickey! Um amor! <3

Ele até bancou o maestro!! Hahaha, muito fofo!



Restaurante decorado com coisas de High School Musical! Nessa hora a Lorena de 16 anos de idade sumiu e a Lorena de 10 anos de idade assumiu o seu lugar... Sério gente, pirei!! Hahaha




Segunda nós não fizemos nada porque era o dia de eu ir embora... No final das férias já estava me preparando psicologicamente pra esse dia, mas não consegui evitar e fiquei muito triste mesmo. Chorei muito mais do que eu esperava, não sei porque :(( Foi muito ruim despedir pela segunda vez da minha família!

Mas enfim, agora está tudo bem! Estou quase voltando, na verdade... Falta um mês!!!
No próximo post eu falo dessas últimas semanas sobre as quais eu não comentei nada...
Espero que tenham gostado, apesar desse texto ter ficado um pouco "maçante" e tals. Desculpa, gente!

Muitos beijos!
Lorena

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Férias - parte 2

Como diria Joey Tribbiani, "London, baby!"

**WARNING** Esse post é MUITO longo. Se você ficar com preguiça por favor não desista dele, apenas dê uma parada e recomece de onde parou... Eu gostei muito de escrevê-lo então espero que vocês tenham paciência pra ler!

Olá!!! Falei que não ia demorar pra postar! Vamos lá então :P
No dia 29, pegamos o Eurostar para ir a Londres. . A viagem foi tranquila e super confortável, o lugar no qual estávamos no trem era ótimo. 
Guento tanto amor não...


O trem chegou na Inglaterra por volta de 16:30 (hora local, já que é 1 hora a menos em relação à França). Levamos um susto quando saímos do túnel e vimos o céu, porque já estava escurecendo!
Lá pras 17 horas chegamos em Londres. Lembro que fiquei muito feliz quando finalmente cheguei, Perceber que eu estava lá, na Inglaterra, foi uma sensação muito boa. Quem me conhece sabe que minha banda preferida é inglesa e a série de livros que eu mais amo tem como cenário o Reino Unido. Fora isso, a Inglaterra, e mais especificamente, Londres, é um lugar maravilhoso e encantador por si só. Eu já sabia disso antes mesmo de ir e, durante o pouco tempo que fiquei lá, pude confirmar minhas impressões.
Enfim, voltando à narração. Quando chegamos na estação St. Pancras ficamos esperando numa fila para pegar um táxi. Sorte que a fila andava rápido e que a maior parte dela ficava no interior, porque lá fora estava muito frio.
Chegou a nossa vez e constatamos a primeira diferença: os táxis ingleses. Todo mundo está cansado de saber que no UK eles dirigem pela esquerda e o volante é na direita, mas ninguém nunca tinha me falado dos táxis. Eles são super bem pensados: do lado esquerdo do motorista não tem nada, o que dá espaço para uma mala, se necessário. Atrás tem uma "parede" com vidro que separa o motorista dos passageiros e, colados na parede, de costas pro taxista, há dois bancos inclináveis. Aí tem um espaço no meio suficiente para umas duas ou três malas e mais aqueles três bancos "normais" de carro. Como há uma divisão entre passageiros e motorista, existe um sistema de áudio que ele liga quando é necessário conversar. Se eu não me engano, os microfones ficam no teto. É muito legal!
O taxista foi muito simpático e educado - até elogiou o meu inglês e disse que era melhor do que o dele :P Isso é outra coisa que eu percebi: as pessoas são muito educadas e gentis. Contribuiu mais ainda para que eu amasse a cidade.
Chegamos no hotel, nos instalamos e saímos pra jantar e dar uma voltinha. Uma coisa engraçada que nós vimos e que, como a cidade recebe muitos turistas que não estão acostumados com a mão inglesa, nas ruas, perto da faixa de pedestres, tem escrito no chão: "Look right" ou "Look left". E isso tem em praticamente todas as avenidas!


No dia seguinte, após o café, saímos e fomos para o Buckingham Palace para ver a troca da guarda da rainha. Só que não tínhamos imaginado que estaria tão cheio! Sério, tinha muuuita gente, mas nós, muito ingênuos, tínhamos pensado que ia dar pra ver tudinho chegando com pouco mais de meia hora de antecedência.  Rá! De qualquer forma, conseguimos um lugar até bonzinho. Não dava pra ver o que estava acontecendo atrás das grades do palácio, mas deu pra ver os guardas na rua e tal.

Sorte que depois conseguimos chegar mais pra frente :P


Depois que acabou, tiramos algumas fotos na frente do castelo. Foi tão mágico ver aquela fachada onde o Príncipe William e a Kate ficaram depois do casamento deles! Amei!




Em seguida voltamos para o hotel e compramos um passe pra um negócio muito legal chamado Big Bus. Big Bus é um ônibus (dã!) que tem vários pontos em Londres, e faz uma rota passando por vários lugares importantes e turísticos da cidade. Se você tem o passe (que dura 48 horas), pode pegá-lo em qualquer ponto e descer em qualquer ponto. Mas o mais legal é que ao entrar você pega um fone de ouvido e com ele escuta uma gravação que vai explicando os lugares à medida que passa por eles. Se alguém que estiver lendo isso for um dia pra Londres, fica a dica! Vale muito à pena! E tinha o áudio em português (português de Portugal, mas português).
Paramos no Madame Tusseauds, museu de cera e tivemos que esperar quase 2 horas pra entrar (sendo que já tínhamos comprado o ingresso, senão seria mais tempo). Outra dica, se for pra pegar uma fila dessas, vá ao banheiro antes! Lá perto NÃO TEM, só dentro do museu. Eu já estava morrendo de aflição lá pro final, mas enfim, relevemos isso.

O museu em si é o máximo, nem precisa falar, né? É muito grande, organizado (a própria estrutura dele te guia pra fazer o caminho que tem que fazer). As esculturas são sensacionais (algumas são realmente perfeitas), e lá tem umas coisas muito legais, tipo um passeio em um carrinho mostrando a história de Londres a partir de esculturas e um cinema 4D de um curta dos Vingadores.




Ficamos muito tempo lá, depois compramos algumas lembrancinhas numas lojinhas perto e voltamos pro hotel.
No dia seguinte fomos à Oxford Street e fizemos compras na Primark. O que é aquele lugar?!?!?! Tem m andar inteiro ENORME, cheio de roupas femininas e um outro em cima com acessórios, sapatos e roupas masculinas. Detalhe: tudo barato! E muuuuita coisa bonita. Não é à toa que fica lotado!
Depois demos uma voltona com o Big Bus e, embora não tenhamos descido mais, deu pra ver muuuita coisa da cidade. 
Foto aleatória..

Voltamos pro hotel, nos arrumamos (eu toda vestida com roupas que tínhamos comprado no dia) e fomos para perto da Westminster Bridge, onde iria acontecer a queima de fogos para a virada do ano. Muitas ruas estavam fechadas, então o taxista deixou a gente o mais perto que pôde e tivemos que andar mais um pouco. Na ponte mesmo era impossível chegar, porque estava lotado. Então ficamos perto do Big Ben e arrumamos um lugar pra sentar. A sorte é que chegamos cedo (21h), porque depois lotou e não conseguiríamos nos assentar. Outra sorte que demos é que não ventou e, então, a temperatura estava bem suportável.
Só pra tentar mostrar como tava cheio
Finalmente deu a hora de soltar os fogos! Foi muito lindo e acho que foi o melhor réveillon da minha vida!


No final bateu aquela dúvida: "Como vamos voltar?". Fomos seguindo o fluxo e descobrimos que o metrô estava de graça. Porém, para chegar até lá tinha que andar e ter paciência, porque foi organizada toda uma estrutura para não tumultuar. A gente deve ter demorado por volta de uma hora, mas foi super tranquilo e bem pensado, sem problema nenhu, Europa é outra coisa!


Depois que pegamos o metrô, ainda fomos lanchar no Burger King e aí sim pudemos finalmente voltar pro hotel e dormir.
No dia seguinte só saímos mais tarde. Fomos pra London Eye, e quando chegamos lá, fui perguntar para um funcionário onde comprava os ingressos. Ele disse que não tinha mais, só pro dia seguinte. Não acreditei! O dia seguinte seria o dia de ir embora!
Contei pra família o que ele tinha dita e estava quase chorando. Como assim, ir pra Londres e não ir na London Eye????
Sorte que minha mãe e meu irmão insistiram e perguntaram pra mais alguém, que disse que tinha sim! Compramos o ingresso e fomos, nem precisamos esperar tanto. Agora, porquê o cara disse que tinha acabado eu não sei...

Entramos na cabine lá da roda gigante e ficamos cerca de 30 minutos dentro. É muito legal, a vista é linda e você nem sente direito que está mexendo. Depois do passeio pegamos outro táxi e eu e meu irmão fomos pro hotel, enquanto meu pai e minha mãe voltaram na Primark para comprar mais algumas coisas.



Dia 2 já era o dia de pegar o trem e conhecer outro lugar. Antes disso, fomos à King's Cross só pra ver a plataforma 9 3/4, do Harry Potter. Eu pensei que ficava vazio, mas tinha uma fila de umas 20 pessoas e um cara super legal tirando foto pra quem quisesse, vestido como funcionário do Hogwarts Express mesmo. E você podia escolher entre os cachecóis da Grifinória, Sonserina e Corvinal (acho paia com a Lufa-Lufa!)... Peguei o da Corvinal e fui super satisfeita tirar a minha :D Só foi uma pena que não deu tempo de ir na loja de HP que tinha na estação...


Depois disso me despedi de Londres já sentindo saudades desse lugar incrível e prometendo voltar um dia pra ficar bem mais tempo...

É isso por hoje, espero que tenham gostado! Muito obrigada a você que leu até aqui!!

Beijão, 
Lorena.

P.S.: Nossa, quase que ia me esquecendo de novo de comentar sobre os brasileiros! Minha gente, se eu pensava que tinha brasileiro demais em Paris em Londres é bem pior (??)! Nossa, tinha muitos brasileiros em >todos< os lugares: Buckingham Palace, Madame Tussauds, London Eye... Acho que depois da inglesa, a nacionalidade que eu mais vi lá foi a brasileira... Estamos podendo! :P